sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

                       Mulheres Invadem o Setor de Segurança                        


Se alguém ainda tinha dúvidas, a posse da Presidente Dilma Roussef as dirimiu todas: hoje há mulheres plenamente capacitadas a escoltar altas autoridades.
Flávia Bastos (30 anos); Leila Laranja (41); Cristiane Costa (47); Ana Paula Paes Leme (38); Jane Dantas (47) e Lícia Seibt (33), acompanhando a pé o carro de Dilma, mostraram isso.
Elas encorajaram ainda mais as 60 mil agentes legalizadas em ação na Segurança Privada Brasileira, que já conta com 450 mil profissionais.
O Setor de Segurança Privada é um dos que mais cresceram em contratações em 2.010, com um incremento em torno de 20% sobre 2.009.Além dos benefícios de praxe, o salário mínimo do setor, hoje, é de R$1.050,00 (o dobro do mínimo do País), e horas extras podem engordar os ganhos.

Mulheres Descobriram as Vantagens do Segmento

A carreira é atraente já desde o seu início, especialmente para quem não tem uma profissão definida e não pode esperar o longo tempo o retorno que investimentos em outras carreiras exigem: a preparação básica da agente demanda 16 dias de treinamento intensivo (160 horas), o que já lhe propicia a necessária licença da Polícia Federal.
Depois, a agente pode melhorar sua remuneração através da especialização: boas seguranças de shopping são diferentes das de hospitais, de shows, bancos, escolas, VIPs, aeroportos, etc... A agente especializada tem preferência e um salário melhor.
Depois disso, ela pode tornar-se uma agente especial, uma supervisora de segurança, uma gerente e por aí vai.O salário pode chegar à casa dos R$8 mil.
Outra motivação é a saúde física que a profissão propicia.Por dever de ofício, as agentes aprendem a se alimentar com mais qualidade e precisam malhar cotidianamente para estarem bem preparadas em termos de resistência, agilidade e precisão de movimentos.

Onde Elas Valem Mais

Há muitas áreas em que a mulher trabalha ao lado do homem na segurança: shopping, indústrias, lojas, escolas particulares, casas noturnas, shows, condomínios de luxo, eventos, metrô, etc...
Mas há trabalhos em que a mulher tem maior presença, detendo entre 40% e 60% das oportunidades, como maternidades, escolinhas, creches, parques temáticos, setores femininos de clubes, locais de lazer infantil, cinemas, teatros, turismo da terceira idade, interior de grandes lojas, etc...
Eli Rahamim, especialista internacional em segurança e Diretor de Ensino de uma das maiores Academias de Formação de Agentes de Segurança do país (a UZIL, de São Paulo) explica o sucesso feminino em tantos setores: “Uma agente bem treinada e dedicada cumpre o seu papel com eficiência idêntica à dos melhores homens.Mas há trabalhos que requerem mais as habilidades marcantemente femininas, como atenção, doçura e disposição para o diálogo”- revela.
O expert destaca também que as agentes são soberanas quando se trata de provadores ou vestiários femininos.Proteção de famílias importantes, crianças, teens e idosos também é território fértil para elas. E, segundo Rahamim, as executivas sempre têm agentes femininos em sua segurança, "para ter alguém que entenda melhor a sua linguagem e pensamentos"- exemplifica.
O especialista informa que as mulheres representam 18% dos alunos formados nos diversos níveis de aprendizagem e aperfeiçoamento da Academia UZIL.
Que Mulheres Procuram Inserir-se no Setor

Pesquisa realizada pela UZIL junto a suas alunas, revela o perfil majoritário das que procuraram os cursos de agentes em 2.010:

*Total : 2.592 (18% de todos os alunos)

*Faixa etária : 20 a 37 anos - 90%

*Escolaridade : 2º grau incompleto - 67%

*Estado Civil : solteiras ou separadas - 81%

*Já trabalharam antes - 83%

*Já eram do setor e buscam aperfeiçoamento: 24%


Fonte: Comunique-se _RJ
http://www.vigilantecntv.org.br/noticia.asp?intId=7882
                        A Greve dos Vigilantes do Paraná continua                   


Em Londrina e Região, greve dos vigilantes tem 100% de adesão

O Sindicato dos Vigilantes de Londrina e Região informou no começo da tarde que a greve dos vigilantes teve 100% de adesão na cidade. Os grevistas estão fazendo algumas manifestações em frente às agências bancárias, mas sem grandes tumultos.
Segundo o presidente do sindicato, Orlando Luiz de Freitas, a última agência aberta era a localizada no Super-Muffato, na Avenida Duque de Caxias, no Bairro Igapó, zona Sul de Londrina, mas estava sendo fechada. “ Fechado este, temos 100% de adesão”, disse Freitas.
A categoria reivindica inflação salarial, mais 5% de ganho real, ticket alimentação para os 30 dias, aumento no valor de risco de 10% para 30% e cesta básica.
De acordo com Freitas, não houve contraproposta dos bancários para as reivindicações, apenas uma proposta de aumento inflacionário de 6,43%, que elevaria o piso de R$ 996,00 para R$ 1060,00. Diferença pouco expressiva para a categoria segundo Freitas.
Não há previsão para o retorno aos trabalhos pelos grevistas. Freitas confirma que, pela lei, nenhum banco pode abrir sem vigilantes, o que respalda a paralisação. “Nossa proposta de greve é por tempo indeterminado. Enquanto os patrões não cederem às nossas reivindicações continuaremos em greve”, alertou Freitas.
De acordo com a Lei Nº 7.102, qualquer estabelecimento financeiro deve ter no mínimo dois vigilantes para poder funcionar.
O Sindicato dos Vigilantes de Londrina e Região atende cerca de 90 municípios na região de Ivaiporã,Apucarana, Arapongas, Cornélio Procópio, Wenceslau Braz e Londrina.

Negociações
Em assembleia geral realizada na última quarta-feira, dia 26, os vigilantes de todo o Estado decidiram entrar emgreve. A data de início das paralisações começou ontem(1), a princípio por tempo indeterminado. Desde o mês de dezembro a categoria está em negociação por reajuste salarial, mas os empresários não na presentaram nenhuma proposta consistente para satisfazer às reivindicações dos vigilantes.
Na noite de ontem, o Ministério Público do Trabalho (MPTPR) mediou uma proposta de reajuste em 7% no piso salarial, com vale refeição de R$ 14 e adicional de risco de 13%.
Esta tentativa de acordo entre empresários e vigilantes não resultou em acordo. Os empresários não aprovaram a proposta e não formalizaram uma contraproposta aos trabalhadores.
O patronal continua irredutível no reajuste do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para o piso da categoria, no adicional de risco de vida e no vale refeição.
A proposta mínima da categoria é que haja um aumento de 5% além da reposição do INPC no piso salarial, mais uma elevação de 5% no adicional de risco de vida, 15% sobre o piso e um aumento no vale refeição de R$ 12 para R$ 15.
O MPT-PR mediou, na tarde desta quarta-feira (2), a segunda audiência entre o Sindesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná), a Fetravispp (Federação dos Vigilantes do Paraná ) e o indivigilantes (Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região ).
A proposta apresentada ontem (1) pelo procurador do trabalho Alberto de Oliveira Neto foi rejeitada pelo sindicato patronal, de acordo com o representante da Sindesp, o advogado Hélio Gomes Coelho Junior. Sendo assim, o sindicato profissional afirmou que o movimento paredista será mantido até que haja uma nova negociação.
O procurador do MPT alertou aos sindicatos para observarem o princípio da liberdade sindical e afirmou que o MPT irá atuar em caso de atos antissindicais. A proposta negada incluía o ajuste de 7% do piso salarial com o adicional de risco em 13% sobre o salário, além do aumento do vale-alimentação para R$ 14.
 A greve dos vigilantes patrimoniais engloba os setores de indústria, comércio, órgãos públicos e privados e o sistema financeiro, como bancos, cooperativas de crédito, entre outros.

Fonte: Folha de Londrina