quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

             Vigilantes da CEF não recebem e fazem greve a partir de sexta           


Em meio a roubos em caixas eletrônicos nos bancos de Uberaba, a falta de pagamento pode motivar a paralisação de vigilantes das agências da Caixa Econômica Federal da região. Cerca de 90 funcionários ainda não receberam o salário referente ao mês de novembro e o 13º salário, que deveria ter sido pago até esta terça-feira.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Uberaba e da região do Vale do Rio Grande, Ricardo Teixeira, empresa terceirizada responsável pelo serviço não efetuou o pagamento dos vigilantes que trabalham nas agências da Caixa Econômica Federal.

Para resguardar o salário destes funcionários junto à CEF, os gerentes já foram informados de que se os vigilantes não receberem os salários até quinta-feira, no dia seguinte será iniciada a paralisação das atividades de vigilância, por tempo indeterminado, até que ocorra o pagamento, em torno de R$120 mil no total.

Segundo Teixeira, o movimento terá início em Uberaba, mas se estenderá a todas as cidades do Triângulo Mineiro e Vale do Rio Grande, envolvendo 90 funcionários.

                 Sindicato dos Vigilantes de Curitiba alerta sobre greve                  

Alguns órgãos públicos e o Banco do Brasil, cujos serviços de segurança são prestados pela empresa Lynx, podem ser afetados e até sofrer paralisações a partir desta sexta-feira (16).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e região, João Soares, mais de 80% da organização - em torno de 2100 funcionários - estão sem receber o salário referente ao mês de novembro e a primeira parcela do 13º, que deveria ter sido paga no último dia 12. Além disso, os pagamentos estariam sendo atrasados nos últimos quatro meses.

“A partir de amanhã haverá dificuldade no Banco do Brasil, onde a Lynx presta serviço, porque o banco não pode abrir se não tiver vigilante. A tendência é que aumente o volume de pessoas paradas conforme os dias vão passando”, afirma Soares.

De acordo com ele, outros serviços que podem ser afetados são: Correios, Celepar, INSS, Tribunal de Justiça, Tecpar, Detran-PR e DER-PR.

Na assembleia realizada nessa quarta-feira (14) em várias cidades do estado, os funcionários decidiram e autorizam o sindicato a entrar com medidas judiciais para bloquear o faturamento da empresa. “Como é algo urgente, esperamos que a Justiça do Trabalho possa conceder o mais rápido possível”, diz o presidente.

Para ele, as empresas quem podem ser prejudicadas têm a principal parcela de culpa pela atual situação dos funcionários. “Os grandes responsáveis por isso são os contratantes, pois não fiscalizam se as empresas estão pagando os salários e recolhendo os encargos sociais dos trabalhadores”, explica.

Manifestação - Na manhã desta quinta-feira (15), parte dos funcionários se reuniu em frente à sede da empresa, localizada na Rua México, bairro Bacacheri, em uma mobilização para reivindicar a regularização dos salários.

A empresa disse que por enquanto não se pronunciará sobre o assunto.