segunda-feira, 5 de julho de 2010

Perspectiva de crescimento para a área de segurança privada
 

A vigilância patrimonial gera em torno 14 mil postos de trabalho no Distrito Federal. Para quem estiver interessado em se tornar um profissional desse mercado, Brasília já oferece cursos de formação. A estimativa de crescimento para esse trabalho na segurança privada, em 2010, é de 14%. O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do DF, Irenaldo Pereira Lima, afirma que, de janeiro a abril de 2010, 1.443 novos vigilantes entraram no mercado de trabalho.

Eventos como COPA e Olimpíada com certeza impulsionarão esse tipo de serviço no Brasil, com isso Pereira espera que haja uma parceria entre empresa privada e governo. "É importante que seja uma iniciativa privada conjunta com a pública, assim podemos oferecer um serviço que seja benéfico para toda sociedade. Minha empresa cobre algumas áreas do plano e, por exemplo, se algum funcionário perceber uma atividade suspeita ele liga para a polícia, mesmo que não seja relacionado ao contratante, um exemplo dessa parceria de empresa particular e órgãos públicos", diz Irenaldo.

Com a demanda de funcionários crescendo o mercado é uma opção promissora para os interessados. Esses devem procurar uma academia credenciada pela Policia Federal e pelo Ministério da Justiça, ter mais de 21 anos, não ter nenhum antecedente criminal, passar pelo curso onde terá noção defesa pessoal, técnicas de tiro, noções de Direito Penal e legislação da segurança privada, além de várias outras disciplinas, totalizando 160h/aula. Além dessa exigências, a Portaria nº 387, da Polícia Federal, determina que os vigilantes também passem por uma avaliação psicológica para adquirir porte de armas.

O curso é obrigatório, segundo Irenaldo essa é a forma de o cliente saber que está recebendo um servido de qualidade através de um profissional capacitado para lidar com situações diversas. "É importante que a primeira alternativa para a Defesa não seja arma, imagine uma situação em que o contratante está em um evento público e você sacar uma arma, podendo por em risco todas as pessoas. Eu acredito que a arma mais atrapalha do que ajuda, deve ser um último caso.", diz o presidente do Sindicato de Empresas de Segurança Privada do DF.

O salário é um bom motivo para quem quer ingressar nesse mercado, mas o principal não é buscar pelo salário, e sim por gostar da profissão. Irenaldo ressalta que o profissional deve apreciar colocar um uniforme e entender a função que ela vai exercer que é fornecer segurança para o cliente. "É uma área que cresce muito, por exemplo, há uma preocupação grande da sociedade com a defesa de patrimônio e de terceiros, além de que é, principalmente, uma ação para prevenir", explica o especialista.

"Antigamente pensava que para ser um vigilante tinha que ser grande, forte, mas hoje percebo que é uma questão básica: inteligência. Nos anos 80 eu tentei ser segurança, mas um funcionário da polícia Federal me disse que não podia pelo meu porte físico, por isso provei o contrário criando uma empresa e me tornando o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do DF", conta com orgulho Pereira. . Por trabalhar em um mercado onde o que predomina são funcionários homens a vigilante Edilza Nunes Costa,30 anos, conta que em algumas situações já foi abordada.

"É importante ressaltar que não há necessidade de ser de um gênero específico, mas eu já sofri preconceito por ser mulher, durante um período eu fui segurança em um caixa e já ouvi as pessoas dizendo que no meu lugar tinha que ser um homem. Quando eu fiz o curso de capacitação para me tornar uma vigilante tinha várias mulheres, o que mostra que a procura permite profissionais mulheres", diz ela que trabalha na área aproximadamente há dois anos.

Dentro da profissão há possibilidades de crescimento de forma financeira, mas também subir dentro da empresa, conquistando um cargo mais alto. "Pretendo crescer dentro da minha área, hoje trabalho como vigilante privada, mas gostaria de ser segurança de uma embaixada ou fazer segurança pessoal", conta Edilza. Segundo a vigilante o mercado é bom, pois tem uma procura muito grande, as empresas estão crescendo e juntamente necessitam de ações que promovam a segurança, desde cercas elétricas, câmeras de segurança ou segurança pessoal. "Indico a profissão tranquilamente, o salário é bom e gosto de como funciona, tenho filhos, mas meu trabalho não interfere na minha rotina pessoal, gosto da minha carga horária e entendo minha função dentro da empresa, oferecer segurança", diz Edilza. Para se tornar um vigilante Edilza diz que a pessoa deve ser principalmente atenta, "vigilância é sinônimo de atenção, mas é importante que a pessoa que queira entrar nessa área seja confiante e, principalmente, equilibrada, pois você lida com situações complicadas e às vezes você está portando arma, mas essa é a última medida".


 http://www.vigilantecntv.org.br/noticia
Fonte: Clica Brasília

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